Designam-se por “fatores de risco” as condições associadas a um risco mais elevado de desenvolver uma doença, neste caso, risco de desenvolvimento de carcinoma hepatocelular.
Na grande maioria dos casos, o carcinoma hepatocelular desenvolve-se no contexto de cirrose hepática, uma situação em que existe uma grande acumulação de fibrose e distorção da arquitetura do fígado. Esta fibrose vai-se instalando, geralmente durante anos, na evolução de várias doenças hepáticas crónicas, entre as quais se destacam:2,6
- hepatite C crónica
- hepatite B crónica
- doença hepática alcoólica
- fígado gordo não alcoólico (ou doença hepática associada à disfunção metabólica,7 associada à síndrome metabólica, diabetes mellitus e excesso de peso)
O carcinoma hepatocelular pode desenvolver-se em doentes com cirrose de qualquer causa, embora o risco seja superior na cirrose de causa viral crónica (hepatite B e/ou C). Até um terço dos doentes cirróticos pode vir a desenvolver carcinoma hepatocelular durante a sua vida.2
O consumo de aflatoxina B1, derivada dos fungos Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, pode estar presente em alimentos contaminados – principalmente frutos secos – e é um factor de risco para carcinoma hepatocelular em algumas regiões da Ásia e de África.2,6