Efeitos secundários do tratamento
Tendo em conta que, provavelmente, o tratamento do cancro danifica células e tecidos saudáveis surgem, assim, os efeitos secundários. Alguns efeitos secundários específicos dependem, principalmente, do tipo de tratamento e sua extensão (se são tratamentos locais ou sistémicos).
Os efeitos secundários podem não ser os mesmos em todas as pessoas, mesmo que estejam a fazer o mesmo tratamento. Por outro lado, os efeitos secundários sentidos numa sessão de tratamento podem mudar na sessão seguinte.
O médico irá explicar os possíveis efeitos secundários do tratamento, e qual a melhor forma de os controlar.
Cirurgia
Após uma histerectomia, geralmente a mulher apresenta alguma dor e sente-se extremamente cansada. A maioria das pessoas volta à sua atividade normal 4 a 8 semanas após a cirurgia. No entanto, pode ser necessário mais tempo.
Depois da cirurgia, algumas mulheres podem ter náuseas e vómitos, e algumas apresentam problemas de bexiga e intestino. No início, o médico pode restringir a dieta a líquidos, seguida de uma introdução, gradual, de alimentos sólidos.
Pessoas que tenham feito uma histerectomia, deixam de ter período menstrual, e deixa de ser viável engravidar. Quando os ovários são removidos, a menopausa ocorre repentinamente. Neste caso, os afrontamentos e outros sintomas da menopausa, causados pela cirurgia, podem ser mais acentuados e graves do que os provocados por uma menopausa natural.
A terapêutica hormonal de substituição (THS) é, muitas vezes, administrada a mulheres que não tiveram cancro no útero, para aliviar esses problemas. No entanto, geralmente o médico não dá estrogénios a mulheres que tiveram cancro no útero. Como os estrogénios são um fator de risco para esta doença (ver área Sinais ), muitos médicos receiam que os estrogénios possam levar ao reaparecimento do cancro no útero. Por outro lado, muitos médicos dizem não haver evidência científica de que os estrogénios aumentem o risco do cancro no útero voltar a aparecer.
Ver área sinais:
Para algumas mulheres, a histerectomia pode afectar a sua intimidade sexual; pode ter sentimentos de perda, que tornem difícil a intimidade. É importante partilhar esses sentimentos com o parceiro.
Radioterapia
Os efeitos secundários da radioterapia dependem, essencialmente, da dose e do tipo de radiação, bem como da parte do corpo a ser tratada.
Os efeitos mais frequentes podem incluir pele seca, vermelha e sensível, na área tratada, bem como perda do cabelo e/ou pelos, na zona tratada. Pode, ainda, provocar perda de apetite e cansaço extremo. Algumas mulheres podem sentir secura, comichão, sensação de aperto e ardor na vagina. A radiação pode, também, causar diarreia ou aumento da frequência urinária, com desconforto.
Adicionalmente, pode reduzir o número de células brancas do sangue, que protegem o organismo das infecções.
O médico pode aconselhar a pessoa a não ter relações sexuais, durante a radioterapia. No entanto, a maioria pode reiniciar a sua atividade sexual, poucas semanas depois de ter terminado o tratamento.
Pode perguntar ao médico qual a melhor forma de aliviar qualquer desconforto vaginal, relacionado com o tratamento.
Os efeitos da radioterapia, na pele, são temporários, e a zona irá sarar, gradualmente, assim que termine o tratamento. Pode, no entanto, haver uma alteração duradoura na cor da pele.
Se tiver um efeito secundário particularmente grave, poder-lhe-á ser sugerida uma interrupção do tratamento.
Terapêutica hormonal
A terapêutica hormonal pode originar alguns efeitos secundários. Pessoas que tomam progesterona, poderão fazer retenção de líquidos, ter aumento de apetite e ganhar peso. As mulheres ainda menstruadas, podem ter alterações no período menstrual.