Cancro do útero: sinais a que se deve estar atento

Ninguém sabe as causas exatas do cancro no útero. Muitas vezes, o médico não consegue explicar porque é que uma pessoa desenvolve cancro e outra não.

No entanto, a investigação demonstra que determinados factores de risco aumentam a probabilidade de uma pessoa vir a desenvolver este tipo de  cancro.

A maioria das mulheres que têm fatores de risco conhecidos não adquirem a doença. Por outro lado, muitas das mulheres que contraem a doença não têm qualquer destes fatores.

Fatores de risco mais comuns

Globalmente, os fatores de risco mais comuns para o cancro no útero são:

Idade:

o cancro no útero surge, principalmente, em mulheres com mais de 50 anos.

Hiperplasia endometrial:

o risco de cancro no útero é mais elevado se a mulher tiver uma hiperplasia endometrial.

Terapêutica hormonal de substituição:

é usada para controlar os sintomas da menopausa, para prevenir a osteoporose (fragilidade óssea) e para reduzir o risco de doença cardíaca ou enfarte. Mulheres que usam estrogénios, sem progesterona, apresentam um risco aumentado para ter cancro no útero. As doses elevadas de estrogénios e o seu uso prolongado parecem aumentar esse risco. Pessoas que usam uma combinação de estrogénios e progesterona, apresentam menor risco de desenvolver cancro no útero, comparativamente àquelas que usam apenas estrogénios. A progesterona protege o útero. Deverá discutir com o médico os possíveis benefícios e riscos de fazer terapêutica hormonal de substituição. Se fizer exames regulares, durante o tratamento hormonal, poderá melhorar a hipótese do médico detetar o cancro no útero num estadio precoce, se este se desenvolver.

Obesidade e situações relacionadas (diabetes mellitus):

o organismo produz alguns estrogénios no tecido adiposo. Como tal, é mais provável que pessoas obesas apresentem níveis mais elevados de estrogénios, no seu organismo, comparativamente a pessoas magras. Este pode ser o motivo do risco aumentado de desenvolver cancro no útero, em mulheres obesas. O risco também é maior em mulheres com diabetes, problemas que ocorrem em muitas mulheres obesas.

Terapêutica hormonal com antiestrogénios:

pessoas que tomem antiestrogénios, para prevenir ou tratar o cancro da mama apresentam um risco aumentado para o cancro no útero. Este risco parece estar relacionado com o efeito do tipo estrogénico dos fármacos antiestrogénicos, no útero. O médico monitoriza, ou seja, acompanha regularmente pessoas que estejam a tomar antiestrogénios, para detetar possíveis sinais ou sintomas de cancro no útero. Ainda assim, os benefícios dos antiestrogénios, no cancro da mama, são maiores que o risco de desenvolver outro tipo de cancros. No entanto, as pessoas são diferentes entre si. Qualquer pessoa que pense iniciar tratamento com antiestrogénios, deve falar com o médico sobre a história clínica, pessoal e familiar, bem como quaisquer preocupações.

População:

a população branca (caucasiana) tem maior probabilidade de ter cancro no útero, comparativamente população negra (afro-americana).

Portadores de síndromes genéticas:

existem algumas alterações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolvimento do cancro do útero.

Outros fatores de risco estão relacionados com o tempo durante o qual a pessoa está “exposta” aos estrogénios; mulheres que não têm filhos, que tiveram a primeira menstruação muito cedo, ou que entraram tarde na menopausa, estão mais expostas aos estrogénios e apresentam um risco aumentado.

Outros fatores de risco estão relacionados com o tempo durante o qual a pessoa está “exposta” aos estrogénios; mulheres que não têm filhos, que tiveram a primeira menstruação muito cedo, ou que entraram tarde na menopausa, estão mais expostas aos estrogénios e apresentam um risco aumentado.

Se pensa estar em risco de ter cancro no útero, deve discutir a sua situação com o seu médico assistente. Pode ser referenciada para uma consulta específica e ser recomendado algum método para reduzir este risco, ou algum tipo de vigilância mais adequada.

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