Possíveis efeitos secundários
Uma vez que o tratamento do cancro pode danificar células e tecidos saudáveis, podem ocorrer por vezes efeitos secundários indesejáveis. Estes efeitos secundários dependem de vários fatores, incluindo o tipo e a extensão do tratamento. Os efeitos secundários podem não ser os mesmos para todas as pessoas e podem, inclusivamente, variar entre as diversas sessões de tratamento. Os médicos e os enfermeiros irão explicar quais são os possíveis efeitos secundários resultantes do tratamento e como lidar com eles.
Os possíveis efeitos secundários, dependendo do tratamento
Cirurgia
Após a cirurgia o período de recuperação é diferente para cada pessoa. Os doentes sentem-se frequentemente desconfortáveis durante os primeiros dias e há que ter em atenção que é necessário algum tempo entre a cirurgia e a realização das tarefas habituais. No entanto, existem medicamentos que ajudam a controlar a dor.
Antes da cirurgia, os doentes devem discutir o plano para aliviar a dor com o médico ou com o anestesista. Depois da cirurgia, o médico pode ajustar o plano caso seja necessário.
É comum sentir cansaço ou fraqueza durante algum tempo. A equipa médica vigia o doente para detetar a existência de complicações renais, sendo possível fazê-lo através da monitorização da quantidade de líquidos que o doente ingere e a quantidade de urina produzida. Também se avalia a existência de sinais de hemorragia, infeção ou outras complicações que possam requerer tratamento imediato. As análises laboratoriais ajudam a equipa médica a detetar sinais de complicações.
Se for removido um rim, o rim remanescente geralmente é capaz de realizar o trabalho dos dois rins. Contudo, se o rim remanescente não estiver a funcionar em condições, ou se ambos os rins foram removidos, é necessário realizar diálise para filtrar e limpar o sangue. Para alguns doentes, um transplante de rim pode ser uma possibilidade. Neste procedimento, o cirurgião que realiza o transplante, substitui o rim do doente por um rim saudável obtido de um dador.
Tratamento com imunoterapia
O tratamento com imunoterapia pode causar sintomas semelhantes aos da gripe, tais como arrepios, febre, dores musculares, fraqueza, perda de apetite, náuseas, vómitos e diarreia. Os doentes podem ainda ficar com erupções cutâneas. Estes problemas podem ocorrer em qualquer altura do tratamento com imunoterapia ou, em alguns casos, após o tratamento acabar.
Terapêutica-Alvo
Os efeitos secundários da quimioterapia dependem, principalmente, do tipo de medicamento utilizado e da quantidade prescrita. Regra geral, os medicamentos anti-angiogénicos podem causar cansaço, náusea, diarreia e sensibilidade das mãos e pés. Podem também elevar a pressão arterial. Dor na garganta ou cavidade oral como rouquidão são também frequentes. O médico pode ajudar a melhorar ou a controlar os efeitos secundários.
Radioterapia
Os efeitos secundários da radioterapia dependem principalmente da dose do tratamento e da parte do corpo a ser tratada. Os doentes ficam tendencialmente muito cansados durante a radioterapia, especialmente, nas últimas semanas de tratamento. O descanso é importante, no entanto, normalmente, os médicos aconselham que os doentes se mantenham o mais ativos possível.
A radioterapia aplicada no rim e áreas adjacentes pode causar náuseas, vómitos, diarreia ou desconforto urinário. A radioterapia pode ainda provocar uma diminuição do número de glóbulos brancos saudáveis, que ajudam a proteger o organismo contra infeções. Além disso, a pele na área tratada pode por vezes tornar-se vermelha, seca e sensível. Apesar de, após a radioterapia, poderem existir sintomas que parecem penosos, o médico pode ajudar a melhorar ou a controlar os efeitos secundários.