Efeitos secundários do tratamento
Tendo em conta que os tratamentos do cancro danificam tecidos e células saudáveis, é comum surgirem efeitos secundários que dependem sobretudo do tipo e extensão do tratamento. Os efeitos secundários podem não ser os mesmos para todas as mulheres e podem variar entre as sessões de tratamento. Antes de iniciar o tratamento, a equipa médica irá explicar-lhe quais os possíveis efeitos secundários e sugerir formas úteis de lidar com eles.
Quimioterapia
No cancro do ovário, inicia-se sempre que possível a quimioterapia com uma combinação de dois fármacos: carboplatina e paclitaxel por via endovenosa.
Os efeitos secundários mais frequentes destes fármacos são o aumento do risco de infeção por diminuição de células de defesa do organismo (neutrófilos), anemia, náuseas, cansaço, dores músculo-esqueléticas, queda de cabelo e formigueiros nos dedos (neuropatia periférica).
O médico irá avaliar o impacto do tratamento no organismo do doente e, por vezes, pode ser necessário reduzir dose ou mesmo suspender o tratamento caso os efeitos adversos sejam muito graves.
No entanto, aquando do início do tratamento, o doente irá receber medicação para diminuir os efeitos secundários de forma a que mantenha o maior conforto possível enquanto estiver sob quimioterapia; será também instruído a conhecer sinais de alarme mediante os quais deve contactar o seu médico oncologista, tais como febre, perda de sangue e falta de ar, entre outros.
Terapêuticas Dirigidas
Neste tipo de terapêutica também existem efeitos secundários, nomeadamente:
- Os Inibidores da PARP (iPARP) são um grupo de medicamentos desenvolvidos inicialmente para doentes que herdaram dos seus pais mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2. Estes medicamentos têm a particularidade de serem tomados por via oral (comprimidos) e têm como efeitos secundários mais frequentes a anemia, cansaço e náuseas.
- Outro tratamento dirigido que é possível utilizar no cancro do ovário é um anticorpo monoclonal que atua nos vasos sanguíneos. Um dos efeitos secundários mais frequentes é o aumento da tensão arterial, que é monitorizada durante o tratamento.