Cancro do esófago: estadiamento
Se a biópsia comprovar a existência de um cancro, o médico precisa de saber qual a extensão (estadio) da doença, para melhor planear o tratamento. O estadio da doença está relacionado com o facto do tumor ter, ou não, invadido a parede do esófago em profundidade, a sua extensão aos gânglios linfáticos regionais, e se invadiu os órgãos vizinhos (nomeadamente a árvore respiratória), e se disseminou para outras partes do corpo.
O que acontece em caso de estadiamento
O Estadiamento é o processo para determinar a localização e extensão do cancro. Para a maioria dos cancros os médicos usam esta informação para planear o tratamento do doente e prever o prognóstico da doença. Em cada tipo de cancro o estadiamento é diferente.
A American Joint Committee on Cancer (AJCC) e a União Internacional de Controlo do Cancro (UICC) utilizam o sistema de classificação TNM, que é um sistema de estadiamento em que T significa tumor, N (de lymph node que em inglês significa gânglio linfático) e M de metástase (à distância).
Uma vez determinado o T, o N e o M, estes são agrupados em estádios de 0 ou I (de melhor prognóstico) a IV (metastizado e de pior prognóstico).
Como o cancro do esófago pode metastizar para o fígado, pulmão, osso e entre outros órgãos, o médico deve pedir uma tomografia computorizada (TC – anteriormente chamada TAC) para verificar se a doença se encontra metastizada.
Assim, o estadiamento do cancro do esófago é estabelecido de acordo com a biópsia efetuada durante a endoscopia digestiva alta e o resultado da TC. Se necessário poderá também ser solicitada uma PET-TC (tomografia por emissão de positrões com tomografia computorizada – que é uma TC complementada com um exame funcional), uma cintigrafia óssea (para pesquisa de metástases ósseas), endoscopia respiratória (broncoscopia ou videobroncoscopia) (para avaliar a integridade da via aérea), entre outros exames.