Cancro do colo do útero: testes e estadiamento

Se a biópsia revelar a presença de cancro, o seu médico realizará um exame pélvico completo e poderá ter de recolher tecido adicional para determinar a extensão (estadio) da doença. O estadio de evolução revela se o tumor invadiu tecidos adjacentes, se o cancro se disseminou e, em caso afirmativo, para que regiões.

Estadio a Estadio

Estadios de evolução do cancro do colo do útero:

o cancro é detetado apenas na camada celular superior do tecido que reveste o colo do útero. O estadio 0 também é designado por carcinoma in-situ.

o cancro invadiu o colo do útero abaixo da camada superior das células. É apenas detetado no colo do útero.

o cancro disseminou-se para os tecidos adjacentes. Estendeu-se até à parte superior da vagina. O cancro não invadiu o terço inferior da vagina ou a parede pélvica (o revestimento da região entre as ancas).

o cancro atingiu a parte inferior da vagina. Também pode ter-se disseminado para a parede pélvica e para os gânglios linfáticos adjacentes.

o cancro disseminou-se para além da verdadeira pelve ou invade a bexiga, reto ou outras estruturas/regiões.

significa que o cancro foi tratado, mas ocorreu uma recidiva após um período de tempo durante o qual não foi possível detetá-lo. O cancro pode reaparecer no colo do útero ou noutras regiões do organismo.

Identificar um estadio

Para identificar a extensão da doença e delinear um plano de tratamento, o médico pode solicitar alguns dos seguintes exames:

TC: um aparelho de raio-X ligado a um computador, capta uma série de imagens detalhadas dos órgãos. Pode ser-lhe administrado material de contraste por injeção, no braço ou na mão, ou por via oral (ou enema). Algumas pessoas são alérgicas aos materiais de contraste que contêm iodo. Se tiver alergias, informe o seu médico ou enfermeiro. O material de contraste facilita a visualização de zonas anómalas. A TC pode revelar um tumor no fígado, pulmões ou em qualquer outra região.

RM: é utilizado um íman gigante ligado a um computador para obter imagens detalhadas do abdómen e da pélvis. O médico pode visualizar estas imagens num monitor e imprimi-las. A RM pode mostrar para onde se disseminou o cancro. Por vezes, o material de contraste permite evidenciar as áreas anómalas na imagem.

Ecografia: um dispositivo de ultrassons é inserido na vagina ou encostado ao abdómen. O aparelho emite ondas sonoras não audíveis pelos seres humanos. As ondas sonoras incidem no colo do útero ou nos tecidos adjacentes e um computador utiliza os ecos para criar uma imagem. Os tumores produzem ecos diferentes dos produzidos por tecidos normais. Através destas imagens é possível saber para onde se disseminou o cancro.

PET-TC (Tomografia por emissão de positrões): um exame de medicina nuclear que permite identificar imagens funcionais com referências anatómicas. Utiliza radiofármacos emissores de positrões que marcam moléculas presentes em processos anatómicos e revela alterações no metabolismo celular. Utilizada nos tumores mais avançados ou em caso de recidiva, quando se admite uma abordagem curativa.

Cistoscopia: se suspeita de invasão da bexiga e RM pélvica inconclusiva.

Retosigmoidoscopia: exame endoscópico que permite analisar o interior do reto e do cólon sigmóide. Indicada quando há suspeita de invasão do reto e a RM pélvica é inconclusiva.

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