EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
O tratamento do cancro pode danificar células e tecidos saudáveis, pelo que podem ocorrer, por vezes, efeitos indesejáveis. Estes efeitos dependem de vários fatores, designadamente do tipo e extensão do tratamento. Os efeitos adversos podem não ser os mesmos para todas as pessoas e podem, inclusivamente, variar entre as diversas sessões de tratamento. Os médicos e enfermeiros irão explicar quais os possíveis efeitos do tratamento e como lidar com eles.
Durante a cirurgia de prostatectomia tenta-se sempre preservar o músculo do esfíncter externo de forma a manter a continência e o feixe neurovascular para manter a função erétil. No entanto, existe sempre o risco de incontinência urinária e de impotência após a cirurgia.
Disfunção erétil, incontinência urinária e colite podem também ser efeitos laterais dos tratamentos de radioterapia.
Quando os doentes são tratados com hormonoterapia, efeitos como a disfunção eréctil/diminuição da líbido, aumento ponderal, sintomas vasomotores e aumento da labilidade emocional são frequentes. Dores osteoarticulares difusas e aumento do risco de eventos trombóticos podem também acontecer.
Nos tratamentos de hormonoterapia de nova geração, os doentes podem sentir fadiga, diminuição do apetite, enjoos ou vómitos, alterações cutâneas
Os tratamentos sistémicos de quimioterapia, drogas tóxicas que para além das células tumorais podem também atuar ao nível das células saudáveis do doente, podem ter efeitos como alopécia (queda do cabelo), aftas, enjoos e vómitos, alterações do trânsito intestinal (diarreia ou obstipação), cansaço fácil, dores musculares e articulares, neuropatia (alteração da sensibilidade nas extremidades dos membros) e risco aumentado de infeções.
O doente deve procurar avaliação do seu médico assistente ou equipa assistente se algum destes sintomas for persistente e tiver impacto significativo nas suas atividades de vida diárias.