A maioria dos cancros desenvolve-se devido a alterações (mutações) nos genes. Uma célula normal pode tornar-se numa célula cancerígena, após ocorrerem uma série de alterações genéticas. O tabaco, alguns vírus, ou outros fatores relacionados com o estilo de vida das pessoas ou o ambiente, podem originar essas alterações em determinados tipos de células.
Como é que a genética se relaciona com o cancro?
História familiar de cancro
Algumas alterações genéticas, que aumentam o risco de cancro, passam de pais para filhos. Na altura do nascimento, estas alterações estão presentes em todas as células do organismo.
O cancro “familiar” é raro. No entanto, alguns tipos de cancro ocorrem mais frequentemente em algumas famílias do que no resto da população. Por exemplo, o melanoma e o cancro da mama, ovário, próstata, e cólon são, por vezes, de origem “familiar”. Vários casos do mesmo tipo de tumor, numa família, podem estar ligados a alterações genéticas herdadas, que podem aumentar a probabilidade de desenvolver cancro.
Na maioria das vezes, os casos de múltiplos tumores na mesma família, são apenas coincidência. Muitas vezes, fatores ambientais podem, também, estar envolvidos.
Se acha que tem um padrão para determinado tipo de cancro na sua família, deverá informar o médico. Da mesma forma, se tem ou pensa ter história familiar de cancro, deve questionar o médico acerca dos testes genéticos que poderá/deverá fazer. Assim, este poderá tentar reduzir o seu risco de cancro e sugerir exames que permitam detetar o tumor precocemente. Só assim podem ser investigadas certas alterações genéticas hereditárias, que aumentam a probabilidade de desenvolver esse cancro.
ATENÇÃO: herdar uma alteração genética não significa, necessariamente, que vai desenvolver cancro. Significa apenas que tem maior probabilidade de desenvolver a doença.