Ostomias de eliminação intestinal
Como parte do tratamento cirúrgico do cancro colorretal, poderá tornar-se portador de uma ostomia.
Com frequência pode ouvir os termos estoma e ostomia como sinónimos, mas na realidade não são:
- Estoma: designa uma abertura, neste caso do intestino;
- Ostomia: designa uma abertura criada cirurgicamente com o objetivo de criar um novo trajeto para a eliminação de fezes ou urina.
No que se refere à cirurgia colorretal, podemos identificar essencialmente dois tipos de ostomia:
- A colostomia: uma abertura do cólon através da parede abdominal, que tem por finalidade a saída de fezes;
- A ileostomia: a abertura da porção final do intestino delgado, o íleo, através da parede abdominal, que tem por finalidade a saída de fezes.
Se, no decurso do seu processo de saúde/doença, se tornar portador de uma ostomia de eliminação intestinal, não desanime. Ter uma ostomia e usar um dispositivo coletor é, hoje em dia, bem mais fácil, uma vez que os dispositivos são cada vez mais seguros e confortáveis.
Uma ostomia de eliminação intestinal cumpre a função de desvio, descompressão ou acesso ao lúmen intestinal, em contextos diferenciados de necessidades de saúde/doença individual. Em concreto, no adulto, a criação de uma ostomia é realizada com vista a:
- Desvio do trânsito intestinal por obstrução (neoplasia, doenças inflamatórias intestinais ou bridas intestinais);
- Minimizar complicações cirúrgicas como a deiscência de anastomoses (eg. cirurgia do cancro colorretal tratado com quimioterapia e/ou radioterapia neoadjuvante);
- Em casos de perfuração intestinal traumática ou patológica;
- Protecção em casos de fístulas ou lesões perineais extensas.
Há sempre que atender que determinadas situações clínicas são um impedimento a uma ostomia, nomeadamente:
- Impossibilidade de garantir o trânsito intestinal a montante da ostomia;
- A parte do intestino a mobilizar não ter uma vasculatura saudável ou mobilidade suficiente para ser submetido a cirurgia.
Independentemente destes factores, no caso em concreto do tratamento cirúrgico do cancro colorretal com necessidade de confecção de uma ostomia de eliminação, deve ter-se em conta que a Direcção-Geral da Saúde defende, entre outros cuidados, a realização de pelo menos uma consulta de enfermagem de estomaterapia pré-operatória.
Período pré-operatório
A consulta pré-operatória idealmente deve decorrer em contexto de ambulatório. No entanto, também se pode realizar já no período de internamento, caso se trate de uma cirurgia de urgência, por exemplo. (DGS, 2016 b).
Antes de ser operado, o enfermeiro com experiência e formação na área dos cuidados em estomaterapia deve realizar a consulta pré-operatória com o objectivo de ajudar na preparação para os passos seguintes no tratamento cirúrgico, iniciando o processo de educação para a saúde de forma a antecipar as necessidades futuras.
Importa agora compreender o que vai suceder: a intervenção cirúrgica tem como objetivo criar um orifício no abdómen, onde vai ser ancorado o intestino – criando uma ostomia. Uma ostomia pode ser temporária ou definitiva. À parte do intestino que ficará visível na parede abdominal chama-se estoma. Um estoma saudável é vermelho ou rosa vivo, é húmido e não dói ao toque; é através do estoma que as fezes passarão a sair espontaneamente, daí a necessidade de um dispositivo de recolha.
Podemos considerar fundamentalmente dois tipos de ostomia de eliminação intestinal:
Colostomia
A colostomia é uma abertura do cólon (intestino grosso), através da parede abdominal, que tem por finalidade a saída de fezes e, na maioria das vezes, localiza-se à esquerda.
Ileostomia
A ileostomia é uma abertura do íleo (intestino delgado), através da parede abdominal, que tem como finalidade a saída de conteúdo intestinal líquido ou semilíquido e corrosivo para a pele.
Há hoje no mercado muitas opções de dispositivos colectores. além de existirem várias marcas disponíveis, os dispositivos apresentam-se de muitas formas, podendo ser de uma peça, duas peças, opacos ou transparentes, de diferentes tamanhos, pré-cortados ou recortáveis à medida do seu estoma.
Independentemente da variedade de material existente, o mais importante é selecionar o dispositivo que melhor se adapta a cada pessoa, de modo a minimizar o impacto da ostomia na vida de cada um.Esta é, aliás, uma escolha que pode e deve iniciar-se ainda antes da cirurgia, se houver essa oportunidade. Também poderá discutir as suas opções com o seu enfermeiro de estomaterapia nas consultas seguintes à cirurgia.
Já nos momentos prévios à cirurgia propriamente dita poderá ainda ser necessário realizar a preparação do intestino. Este é um procedimento que consiste no esvaziamento do intestino, com o objetivo de reduzir o risco de infecção. A preparação é feita habitualmente através da ingestão de uma solução líquida que tem um efeito laxante e pode ainda ser complementada pela administração de enemas por via rectal (clisteres). A esta preparação estará associada uma dieta de líquidos claros e o jejum de pelo menos 6 horas antes da intervenção cirúrgica.
Parte da preparação para a cirurgia passa também pela marcação do local de implantação do estoma. Para a marcação é necessário atender à sua estrutura corporal, se tem cicatrizes abdominais, pregas e onde fica a sua linha de cintura, assim como ao seu vestuário habitual, de modo a garantir a melhor localização possível para que possa autocuidar-se.
Para escolher a melhor localização para o seu estoma, a equipa médica de cirurgia fará algumas perguntas e irá pedir-lhe que se sente, deite e levante, de modo a perceber qual o melhor local para construir o estoma. Estes passos são necessários para que o sistema de ostomia se adapte da forma mais confortável e segura possível no dia-a-dia.
A localização adequada do estoma é o principal factor para prevenir futuras complicações da pele e do próprio estoma, para prevenir dificuldades na adaptação dos dispositivos coletores, desconforto ou dor e na diminuição de dificuldades na adequação do vestuário. Por outro lado, um estoma bem localizado facilitará o autocuidado e, logo, o regresso à sua rotina habitual.
Ainda no que se refere aos dispositivos coletores, a primeira prescrição de material é feita pelo cirurgião, ainda no hospital, no momento da alta; as prescrições seguintes deverão ser realizadas pelo seu médico de família, sendo que, todas as referências necessárias poderão ser fornecidas na Consulta de Enfermagem de Estomaterapia.
Antes da alta hospitalar, pode falar com a Assistente Social para esclarecimento de dúvidas sobre os seus direitos e benefícios sociais, tais como:
- Todo o material necessário para o cuidado da ostomia é gratuito e adquirido na farmácia mediante a apresentação prescrição médica, com excepção das cintas abdominais;
- Mediante a sua situação clínica poderá ter direito à isenção de taxas moderadoras, sempre que utilizar os serviços de saúde públicos;
- Não utilização do cinto de segurança nos veículos automóveis, se assim o desejar, sendo para isso necessário, um atestado médico passado pelo Delegado de Saúde.
Nesta fase, é importante reter que passará a ter de estar sempre prevenido com o material necessário e para isso deve solicitar atempadamente a prescrição ao seu médico de família.
A educação para saúde deve ter continuidade após a cirurgia, cumprindo um plano detalhado de preparação para alta que deve incluir:
- Ensinar, instruir, treinar, supervisionar e apoiar cuidados à ostomia de eliminação intestinal (higiene da pele peri-estoma e estoma);
- Reconhecer complicações que afetam o estoma e a pele peri-estoma;
- Promover o autocuidado (necessidades básicas e ou atividades de vida diária);
- Instruir e avaliar o impacto da alimentação na eliminação intestinal;
- Instruir e treinar a utilização de dispositivos e acessórios;
- Ensinar e treinar exercícios de fortalecimento da musculatura pélvica, técnica de eliminação intestinal para a reconstrução trânsito intestinal;
- Referenciar apoio na comunidade (DGS, 2016 b, p.3.)
É possível que sinta medo perante o que é desconhecido ou que sinta alguma falta de controlo sobre os eventos que estão a suceder; pode ainda ter dificuldade em perspetivar o futuro, mas é importante que saiba que não está sozinho, isolado, e que se recorde que já outras pessoas passaram pela mesma situação e a superaram, retomando a sua vida habitual.
Período pós-operatório
No período pós-operatório, à medida que o tempo avançar, sentir-se-á melhor consigo mesmo, mais seguro e confiante para se tornar independente nos cuidados a ter com a sua ostomia. Isto significa que ser portador de uma ostomia não implica necessariamente alterações dramáticas no seu dia-a-dia; poderá retomar as suas atividades habituais, domésticas, em família, de lazer ou até mesmo retomar a sua atividade profissional.
No regresso a casa, aquilo que mais frequentemente preocupa a pessoa portadora de ostomia relaciona-se com assuntos como a alimentação, como ir de férias e fazer viagens, a atividade física, o regresso ao trabalho e a sexualidade.
- Vestuário
Independentemente do tipo de ostomia, sempre que possível, sinta-se à vontade para manter o tipo de vestuário que já usava. No entanto, deve ter em conta que cintos ou elásticos não se devem sobrepor ao estoma, para não provocarem compressão. Em alternativa poderá ter de subir ou descer a cinta, ou usar uns suspensórios, por exemplo.
Dependendo de como se sentir mais confortável, o dispositivo coletor poderá ser usado por dentro ou por fora da roupa interior.
De modo a facilitar o seu dia a dia e aumentar a sensação de conforto, poderá usar uma faixa de suporte ou até mesmo uma cinta de contenção.
Atualmente, os dispositivos coletores são muito discretos e dificilmente são visíveis através da sua roupa.
- Alimentação
Colostomia
Sendo portador de uma colostomia, em princípio, não será necessário fazer nenhuma alteração especial na sua alimentação habitual.
Os nutrientes são absorvidos de forma muito semelhante à anterior à cirurgia. Quanto à absorção de água, poderão existir alterações dependendo da extensão do cólon removido. É aconselhável que mantenha uma ingestão diária de água mínima de 1,5 litros.
Tal como antes da cirurgia, os gases continuarão a ser um produto normal da digestão. Para minorar a sua formação, pode evitar falar ou beber enquanto come, evitar longos períodos sem comer, evitar beber através de palhinha, assim como as bebidas gaseificadas.
Ileostomia
Ao ser portador de uma ileostomia, podem ser necessários ajustes à sua alimentação habitual.
Tal como antes da cirurgia , os gases continuarão a ser um produto normal da digestão. Também aqui, para minorar a formação de gases, pode evitar falar ou beber enquanto come, evitar longos períodos sem comer, evitar beber através de palhinha, assim como as bebidas gaseificadas.
Nas primeiras semanas após a sua cirurgia é normal que tenha pouco apetite e se sinta enfartado mais facilmente. Mas após as primeiras 4 semanas pode passar a fazer refeições normais.
É aconselhável que faça pequenas refeições a cada três horas, o que facilita a digestão dos alimentos, a absorção dos nutrientes e diminui a produção de gases.
Aproveite para comer um pouco mais durante o dia e menor quantidade ao fim da tarde, para evitar levantar-se muitas vezes durante a noite para despejar o seu dispositivo coletor.
Os alimentos ricos em fibra, como os legumes ou a fruta crua, aceleram o trânsito intestinal.
A ausência do cólon leva a que o trânsito intestinal se faça mais rapidamente, condicionando uma menor absorção de nutrientes e de água, o que pode conduzir à desidratação e desnutrição. Por isso, beba pelo menos 1,5 litros de água por dia, fora das refeições (30 minutos antes ou depois).
Cada pessoa reage de forma diferente à retoma da alimentação depois da realização de uma ileostomia. Assim, vá introduzindo os alimentos lentamente de novo na sua dieta e observe o efeito que têm. Faça as suas escolhas alimentares com base na sua tolerância pessoal.
- Férias e viagens
Pode viajar sempre que desejar. Tal como se faz acompanhar de alguns itens essenciais que leva na sua mala, agora terá também de preparar um estojo com o material para cuidar da sua ostomia enquanto estiver fora de casa.
Para que se sinta mais seguro, e não ocorram falhas, recomenda-se que se faça acompanhar de mais material do que aquele que normalmente seria necessário para o mesmo período de tempo, estando em casa.
Se viajar de avião, deve levar na bagagem de mão material suficiente para alguns dias, uma vez que a sua bagagem, infelizmente, pode extraviar-se; faça-se sempre acompanhar das referências do material, na eventualidade de precisar de comprar algum dispositivo.
Faça uma refeição ligeira e não ingira alimentos que provoquem flatulência antes da partida, uma vez que as alterações de pressão no avião podem causar distensão abdominal, provocando desconforto.
Deve ainda estar preparado para, eventualmente, ter de explicar o uso do dispositivo no controlo do aeroporto.
Dadas as recentes alterações de segurança nos aeroportos, muitas companhias não permitem tesouras a bordo. Assim, recorte dispositivos suficientes que lhe permitam chegar ao destino. Todavia, aconselhe-se com o enfermeiro de estomaterapia quando decidir viajar (sobre os materiais que são proibidos a bordo na bagagem de mão, etc.).
- Sexualidade
Depois da sua cirurgia, a partir do momento que tenha indicação do seu médico ou enfermeiro de estomaterapia para iniciar todas as atividades, também pode iniciar a atividade sexual caso se sinta preparado para tal.
As alterações na sua sexualidade podem estar relacionadas com a cirurgia, no entanto, a maior parte das vezes, estão relacionadas com fatores como a ansiedade e o receio de não ser aceite pelo outro.
O reinício da atividade sexual pode ser facilitado se partilhar as suas angústias com o seu companheiro/a. Não tenha vergonha de falar abertamente com o seu enfermeiro de estomaterapia ou com o seu médico.
No caso de ser mulher, saiba que é possível engravidar e ser mãe, mesmo sendo portadora de uma ostomia; da mesma forma que muitos homens voltam a ser pais.
Algumas ideias que poderão ajudar a reiniciar a sua relação a um nível mais íntimo:
- Retome as atividades que ambos gostavam de fazer antes da cirurgia;
- Mantenha-se positivo e reforce positivamente a sua relação;
- Substitua o dispositivo de ostomia antes de iniciar a relação sexual;
- Utilize um dispositivo de tamanho mais pequeno e opaco;
- Use roupa interior que permita ocultar o dispositivo e mantê-lo junto ao seu corpo.
- Atividade profissional/Trabalho
Nas primeiras semanas após a cirurgia é expectável que se sinta debilitado. Com a passagem do tempo sentir-se-á progressivamente melhor.
Se estava a trabalhar antes da sua cirurgia, é possível voltar a trabalhar 6 a 8 semanas depois. Mas deve evitar atividades que exijam muito esforço físico, como levantar pesos, para prevenir complicações como as hérnias parastomais. Dependendo da sua atividade laboral, fale com o seu médico para se aconselhar.
- Lazer e desporto
Mesmo sendo portador de uma ostomia, é importante que saia de casa, conviva com a sua família e amigos e que se divirta.
Uma ostomia não o deve impedir de fazer exercício físico. Aliás, é benéfico que o faça; pode ir à praia ou à piscina com o seu fato de banho e nadar (tendo sempre em consideração que o calor e a humidade podem reduzir a adesividade do dispositivo).
Já existem dispositivos facilitadores da prática desportiva, como cintas em microfibra adequadas à realização de desportos aquáticos e protectores de estoma, feitos de um material rígido, que protegerão o seu estoma de possíveis impactos.
Atividades como correr, andar de bicicleta ou fazer jardinagem são até recomendadas.
- Estojo para sair de casa
Sempre que sair de casa deve fazer-se acompanhar de um pequeno estojo com:
- Um ou dois dispositivos já recortados;
- Lenços de papel ou papel higiénico macio;
- Garrafa pequena com água;
- Removedor e protector cutâneo;
- Saco para o lixo;
Assim, caso necessite de trocar o seu dispositivo, pode fazê-lo facilmente numa casa-de-banho.
Período pós-operatório
Nota: Segundo a autora as imagens de exercícios serão da stomacare, à qual foi solicitada autorização de utilização e as outras serão livres.
Vai ser submetido, de forma programada, a uma cirurgia intestinal, na qual se prevê a confecção de um estoma? Saiba que incluir na preparação um regime de exercício físico pode ser muito benéfico para prevenir complicações pós-operatórias e para facilitar a sua recuperação.
O exercício físico deve ser feito antes e após a cirurgia, havendo inclusive alguns exercícios que poderão ser realizados ainda no internamento.
De um modo geral, o exercício físico melhora a circulação sanguínea, o que facilita o processo de cicatrização, para além de que o fortalecimento dos músculos abdominais e do períneo (músculos pélvicos) contribuem para uma recuperação mais rápida e fácil.
Em todo este processo deve aconselhar-se com a sua equipa de saúde, o seu cirurgião ou enfermeira de estomaterapia.
Exercícios pré-operatórios
Exercícios para fortalecer o abdómen
- Insistência de braços
- Deite-se de costas sobre uma superfície firme com os joelhos fletidos e os pés paralelos, apoiados no chão;
- Avance com os braços esticados ao longo das suas coxas;
- Este exercício ao longo do tempo pode tornar-se mais exigente elevando o tronco à medida que segue com as mãos ao longo das coxas.
- Bicicleta com elevação das pernas
- Deite-se de costas sobre uma superfície firme com os joelhos fletidos e os pés paralelos, apoiados no chão;
- Eleve uma das pernas com o joelho fletido e suba a outra;
- Alterne o movimento, esticando uma perna e fletindo a outra fazendo lembrar os movimentos ao andar de bicicleta;
- Este é um exercício mais complexo; se sentir dor ou não estiver confortável, deve parar.
- Abdominais
- Deite-se de costas sobre uma superfície firme com os joelhos fletidos e os pés paralelos, apoiados no chão;
- Coloque as mãos na parte de trás das coxas e contraia a barriga;
- Levante a cabeça em direção ao peito sem levantar a coluna lombar. Mantenha a posição e conte lentamente até 5;
- Volte lentamente à posição inicial.
Exercícios para fortalecer o pavimento pélvico
- Pavimento pélvico
- Sente-se numa cadeira com os pés firmemente apoiados no chão e paralelos;
- Inspire profundamente, expanda a caixa torácica e eleve um pouco o corpo;
- Expire apertando suavemente os músculos à volta do ânus e do pavimento pélvico (na mulher são os músculos da vagina, no homem os do escroto);
- Relaxe a coluna, os ombros e a pélvis.
2. Braços
- Sente-se numa cadeira com os pés firmemente apoiados no chão e paralelos;
- Inspire profundamente, expanda a caixa torácica e eleve um pouco o corpo;
- Expire apertando os músculos do pavimento pélvico ao mesmo tempo que levanta o braço direito;
- Volte à posição inicial;
- Inspire e repita com o braço esquerdo.
3. Elevação da pélvis
- Deite-se de costas sobre uma superfície firme com os joelhos fletidos e os pés paralelos, apoiados no chão;
- Inspire e relaxe a parte superior do corpo;
- Ao expirar, aperte suavemente os músculos do pavimento pélvico e levante progressivamente, vértebra a vértebra, a coluna lombar;
- Inspire e mantenha a posição enquanto conta pausadamente até 5;
- Expire, mantendo os músculos contraídos e desça lentamente até à posição inicial, vértebra a vértebra;
- Quando estiver novamente com as costas apoiadas no chão relaxe todos os músculos do corpo.
4. Pernas
- Deite-se de costas sobre uma superfície firme com os joelhos fletidos e os pés paralelos, apoiados no chão;
- Inspire expandindo a caixa torácica;
- Expire contraindo os músculos do pavimento pélvico e eleve o joelho direito até fazer um ângulo reto;
- Inspire e mantenha a posição enquanto conta pausadamente até 5;
- Expire contraindo os músculos do pavimento pélvico levando o pé até ao chão;
- Inspire e repita com a perna esquerda.
5. Joelhos
- Deite-se de costas sobre uma superfície firme com os joelhos fletidos e os pés paralelos, apoiados no chão;
- Inspire expandindo a caixa torácica e simultaneamente contraindo a barriga, enquanto mantém os joelhos juntos;
- Expire, contaria os músculos do pavimento pélvico e rode lentamente os joelhos para o lado direito, em direção ao chão;
- Inspire e mantenha a posição enquanto conta pausadamente até 5;
- Expire mantendo os músculos pélvicos contraídos e use os músculos abdominais para levantar os joelhos;
- Inspire e repita com o lado esquerdo.
6. Elevação
- De pé, mantenha os ombros relaxados e os braços alinhados ao longo do corpo;
- Inspire e contraia os músculos abdominais. Eleve o corpo até ficar em bicos de pés;
- Expire contraindo os músculos pélvicos e baixe lentamente o corpo.
7. Laterais
- De pé, mantenha os ombros relaxados e os braços alinhados ao longo do corpo;
- Inspire e contraia os músculos abdominais;
- Expire contraindo os músculos do pavimento pélvico e incline-se lentamente para o lado direito, mantendo a anca alinhada e deslize a mão pela parte externa da coxa;
- Inspire e volte para a posição de pé;
- Repita o movimento para o lado esquerdo.
8. Relaxamento
- Deite-se de costas com as pernas esticadas e os pés caídos para o lado;
- Estenda os braços ao longo do corpo, ligeiramente afastados do tronco, com as mãos viradas para o chão;
- Feche os olhos e tente esvaziar a mente de qualquer pensamento e relaxe o corpo;
- Respire usando a barriga permitindo o relaxamento de todos os grupos musculares.
Exercícios pós-operatórios
Após a cirurgia, geralmente o enfermeiro de reabilitação vai ensiná-lo a tossir adequadamente e indicar-lhe exercícios respiratórios para ajudar na recuperação da ferida operatória e na cicatrização do estoma.
Para começar vai recomendar-lhe alguns exercícios básicos, como por exemplo, entrar e sair da cama em segurança.
Logo que possível, o enfermeiro vai incentivá-lo a sair da cama e a iniciar a deambulação pelo serviço de internamento.
Antes de iniciar o exercício físico, após a cirurgia, deve ter em atenção:
- Evite levantar pesos durante 3 meses após a cirurgia;
- Mantenha uma postura correta sempre, mas sobretudo durante a realização do exercício;
- Inicie o exercício após a cicatrização das feridas cirúrgicas; se sentir um ligeiro “repuxamento” durante o exercício não se preocupe, é normal. A incisão cirúrgica deverá estar encerrada cerca de dez dias após a cirurgia e, com o tempo, o tecido cicatricial em torno do estoma irá atingir a resistência ideal;
- Use uma cinta de contenção abdominal sem buraco no período pós-operatório e em particular durante a realização de exercício físico de modo a ter suporte dos músculos abdominais durante a fase de aumento da pressão intra-abdominal. Todas as pessoas, portadoras de ostomia ou não, devem ter o cuidado de proteger o seu abdómen durante a realização de exercício físico. Agora que tem uma ostomia deve ter em particular atenção esta zona do seu abdómen. Sendo portador de uma ostomia, o risco de desenvolver uma hérnia parastomal (à volta do estoma), durante o levantamento de pesos ou realização de exercício físico extenuante, está aumentado, uma vez que os músculos que suporta o estoma não estão resistentes como previamente à cirurgia;
- Tente manter o seu peso dentro de um IMC entre os 20 e os 25,
- Se o exercício causar dor, pare! Contacte o seu profissional de saúde de referência;
- O exercício pode ser realizado em qualquer altura do dia e deve ser feito diariamente;
- Se não conseguir realizar todos os exercícios não desespere, qualquer exercício que realize já será benéfico;
- Alguns exercícios podem ser realizados na cama, num tapete grosso ou num colchão de pilates, sentado com recurso a uma cadeira;
- Antes de começar certifique-se que está confortável;
- Não realize exercício imediatamente após a refeição ou em jejum.
Os primeiros exercícios devem ser suaves e fáceis de realizar. Alguns exemplos:
- Deitado de costas na cama, com os pés apoiados e elevando os joelhos acima do peito. Rodar lentamente os joelhos de um lado para o outro, até onde o movimento for confortável;
- Numa fase inicial, em que ainda tem pontos, pode ser mais fácil o seguinte: na mesma posição que a anterior, inclinar lentamente a pélvis para a frente e depois voltar à posição plana. Faça o número de vezes que conseguir;
- Sentado numa cadeira e com os pés apoiados no chão, arraste os pés para a frente e contraia os músculos abdominais e se conseguir, inspire. Levante-se enquanto expira, mantendo a contração do abdómen. Este exercício “sit to stand” pode ser repetido 10 vezes em dois momentos por dia;
- Enquanto está sentado na cadeira e com os pés apoiados no chão, contraia os músculos da barriga e, em seguida, levante lentamente cerca de 30 cm do chão enquanto expira. Pouse esse pé e faça o mesmo do outro lado.
Quando regressar a casa e se sentir mais confortável poderá retomar a sua rotina habitual de forma progressiva.
Antes de dar início a uma atividade física é importante perceber como é que o seu corpo reagiu à cirurgia.
Pode começar por caminhar; é a forma mais fácil e eficaz de praticar exercício: o sangue circula, aumenta o estado de alerta, ajuda a melhorar o humor e o bem-estar físico. As caminhadas podem começar após a cirurgia e ir aumentando em ritmo, distância e duração ao longo do tempo.
Esta atividade pode ser feita dentro de casa; pode subir e descer escadas para aumentar a energia e a resistência, no entanto, caminhar ao ar livre acaba por ser a melhor opção.
Andar de bicicleta é também um exercício saudável que não sobrecarrega os músculos abdominais; pode ser introduzido gradualmente e ir aumentando a intensidade do exercício com o tempo.
Desde que não tenham ocorrido complicações da sua cirurgia, e não existam contra-indicações por parte da sua equipa de saúde, poderá praticar quase todo o tipo de atividade física. Os desportos de contacto, como o futebol ou o basquetebol, também são possíveis de realizar, assim como desportos que exigem flexão abdominal como a aeróbica. Andar de patins, correr, jogar ténis, levantar pesos leves com repetições frequentes é perfeitamente exequível e poderá ser benéfico para a sua condição física.
Preste atenção à resposta do seu organismo: se uma atividade o deixa cansado, com falta de ar ou lhe provoca dor, deverá cessar essa atividade e procurar outra modalidade ou retomar o exercício mais tarde, quando se sentir preparado.
Nadar é uma das melhores práticas para exercitar todo o corpo de forma gradual e suave para começar a ganhar resistência a um ritmo estável.
Não há nenhuma razão para uma pessoa portadora de ostomia não poder divertir-se e exercitar-se através da natação.
Nadar pode ainda ajudá-lo a superar obstáculos e constrangimentos sociais na interação com os outros. Não tenha medo de frequentar os vestiários, piscinas ou de estar dentro ou perto da água.
Ao enfrentar este desafio ganhará confiança para disfrutar de outros desportos e atividades mais sociais.
Existe a crença de que os que o rodeiam olharão fixamente para o seu estoma, mas na verdade, a maioria das pessoas não irá sequer reparar na cor do seu fato de banho, menos ainda no que está por baixo.
Poderá ainda preocupar-se que o dispositivo coletor se descole quando estiver dentro de água; não é provável que aconteça mas pode sempre testá-lo num banho mais prolongado.
Atualmente já existem fatos de banho fabricados especificamente para portadores de ostomia, tais como cuecas de natação ou calções de banho com cintura subida. Existem ainda cintas de material impermeável para permitir a permanência mais prolongada dentro de água.
No caso de preferir praticar um desporto de equipa que implique contacto físico, não deixe que o medo o demova.
Normalmente, o portador de ostomia preocupa-se que o contacto físico lese a ostomia. Para uma maior segurança pode usar uma cinta elástica, justa, que mantém o dispositivo coletor no lugar. Experimente roupas desportivas diferentes para encontrar o que funciona melhor para si.
Na prática de desportos considerados mais violentos pode sempre recorrer à utilização de uma proteção rígida.
De todos os modos, se vai iniciar uma prática desportiva tenha em atenção:
- Beba água ou bebidas isotónicas de modo a prevenir a desidratação;
- Use roupa e calçado desportivo confortável e adequado à atividade que vai realizar;
- Use uma cinta de contenção para prevenir o aparecimento de hérnias parastomais;
- Esvazie ou troque o dispositivo coletor antes de iniciar o exercício;
- Evite praticar exercícios em prancha;
- Evite realizar exercícios que impliquem torção do tronco.
REFERÊNCIAS:
Hollister (2018). Viver com uma ostomia: desporto e exercício físico. Medicinália Cormédica A Werfen Company: Carnaxide.
https://algalia.pt/acessorios-ostomia/225-stomacare-protetormax.html
https://algalia.pt/cinta-hernia-ostomia/215-933-basko-stomacare-easyopener-cinta-de-natacao.html#
https://www.securicaremedical.co.uk/advice-and-support/stoma-care/physical-activity-with-a-stoma
https://www.saltsmedilink.co.uk/Support-and-Advice/Ostomy/training-and-exercise
https://www.180medical.com/blog/physical-activity-ostomy/
https://mindthebleep.com/2020/07/stomas.html (das imagens da colostomia e ileostomia)
Nota: Segundo a autora as imagens de exercícios serão da stomacare, à qual foi solicitada autorização de utilização e as outras serão livres.
Urostomias
Longe vai o tempo em que uma doença oncológica era presságio de uma morte pré-anunciada. A evolução tecnológica e da Medicina permite aos médicos e técnicos de saúde diagnosticar e tratar de forma precisa e cada vez mais eficaz doenças que há 20 anos eram fatais.
O volume de cirurgias onde é removida a bexiga (cistectomia) é cada vez maior . Isso acontece porque os tumores vesicais (da bexiga) são detetados numa fase cada vez mais precoce, onde ainda é possível o tratamento cirúrgico e curativo.
Uma urostomia ou cistectomia acarreta uma enorme alteração corporal e traz a necessidade de adaptação de uma nova forma de viver. A própria cirurgia é complexa e tem um pós-operatório bastante delicado, com uma recuperação lenta, sendo o tempo médio de internamento de cerca de 2 a 3 semanas.
Mas hoje há um conjunto de técnicos de saúde altamente especializados, cada vez mais conscientes e focados nas necessidades de cada pessoa, na sua recuperação e integração na sociedade. Esta cirurgia não é um processo fácil, bem pelo contrário: é doloroso, penoso, e moroso, mas é importante saber que os profissionais de saúde estão plenamente conscientes disso e, portanto, tudo vão fazer para ajudar a superar esta fase, voltar a ser independente e a ter uma vida ativa, que seja o mais próxima possível da que o doente tinha anteriormente.
Figura - Doente urostomizado
Vou ser urostomizado, e agora?
A principal causa de cistectomia é tumoral (cancro), mas existem outras causas, , como as traumáticas (acidente de viação) ou por sequelas de radioterapia (bexiga rádica), que podem causar hemorragias vesicais constantes, difíceis de tratar, em que o médico urologista, de forma a tentar dar ao paciente maior qualidade de vida, pode sugerir uma cistectomia (urostomia).
São notícias dolorosas. A primeira vez que o médico aborda o paciente sobre a necessidade de cirurgia e finalização com uma urostomia, é um momento marcante, onde a informação surge de forma nebulosa e onde pode haver tendência para negar a gravidade da situação. A mente, tal como o corpo, precisa de tempo para aceitar e enfrentar a realidade e as adversidades.
epois de constatar a necessidade de cirurgia e comunicar a notícia ao paciente , o médico agenda uma consulta de enfermagem pré operatória ( antes da cirurgia), onde um enfermeiro especialista em ostomias ( Enfermeiro Estomaterapeuta) volta a explicar o que vai acontecer, avalia as necessidades individuais da pessoa, indica como vai ser o seu dia a dia após este procedimento e explica o que vai acontecer durante o internamento. , Nessa consulta de enfermagem, o doente pode também ter o primeiro contacto com os materiais e os dispositivos existentes de que vai necessitar para recolher a urina após a cirurgia.
É na consulta de enfermagem de estomaterapia pré-operatória que é efetuada a marcação do local onde vai ser colocada a urostomia – isso vai permitir a redução de potenciais complicações e assegurar o caminho para a autonomia do paciente. Neste sentido, também se tenta criar a proximidade entre os diferentes doentes para partilharem as suas dificuldades e formas de as contornar.
O que é, afinal, uma urostomia?
De uma forma simplificada, uma urostomia, é uma derivação urinária incontinente, onde a bexiga é removida e os rins são ligados à pele, para excretar a urina. Como incontinente que é, está sempre a excretar urina, daí a necessidade de adaptarmos um dispositivo capaz de recolher essa mesma urina eficazmente, da mesma forma que a bexiga o fazia, impedindo fugas e percalços no dia-a-dia.
Todo o processo é realizado para que o doente seja o mais independente possível e, apesar da sua nova condição física, seja capaz de lidar com a sua mudança e conseguir efetuar a troca e o manuseamento do dispositivo coletor o mais autonomamente possível. Aliás, durante o próprio internamento, o doente é encorajado a lidar com a sua nova condição, a visualizar o estoma e, sempre que possível, a manusear os dispositivos coletores de urina.
Idealmente o doente deveria sair do internamento capaz de lidar sozinho com o seu dispositivo de urostomia, sabendo despejá-lo e trocá-lo sempre que necessário. Mas nem sempre isto é possível. O doente está debilitado fisica e emocionalmente e o tempo de internamento acaba por não ser suficiente para dar conseguir esta autonomia.
Por isso, é importante formar um cuidador de suporte, que é ensinado a manusear os dispositivos para poder ajudar o doente num momento de necessidade. Muitas vezes, os reais problemas e as complicações só surgem após o internamento, quando a pessoa se encontra sozinha, na sua casa, e sem o acompanhamento constante dos profissionais de saúde.
Após o internamento, o doente terá sempre a ajuda e o acompanhamento do Centro de Saúde da área de residência.
Os hospitais disponibilizam também uma consulta de enfermagem de Estomaterapia, onde o doente continuará a ser seguido, para poder treinar, colocar dúvidas, despistar complicações, sempre rumo à sua autonomia. É uma consulta à qual pode recorrer sempre que necessitar durante a sua vida. O doente deve assegurar-se de que fica marcada esta consulta de enfermagem de Estomaterapia.
Qual o Aspeto de uma Urostomia
O aspeto de uma urostomia é oval, avermelhada e húmida, assemelhando-se à mucosa da boca, deve ser saliente relativamente à pele e indolor ao toque.
Após a cirurgia, existem pontos de sutura a fixar o estoma à pele; esses pontos acabam por desaparecer a partir da terceira semana pós cirurgia.
Figura 1
Figura 2
Podem voltar a reconstruir a minha bexiga como acontece em algumas colostomias?
Quando é removida a bexiga, ainda não existe técnica que permita reconstruir novamente a bexiga ou instalar uma bexiga artificial.
Rotina Diária do Urostomizado: De quanto em quanto tempo deve trocar o dispositivo
– O dispositivo de Ostomia deve ser trocado de 3/3 dias, tanto no sistema de peça única como no sistema de duas peças. De forma a facilitar o processo, aconselha-se trocar duas vezes por semana em dias fixos, criando assim uma rotina. Este processo pode ser feito na casa de banho, , no quarto, de pé ou sentado, de acordo com o doente e com aquilo que lhe for mais favorável.
Material necessário para mudança do dispositivo
Antes de proceder à mudança do dispositivo é importante ter o material necessário:
– Tesoura, de preferência com ponta curva
– Molde (se necessário)
– Novo dispositivo (peça única ou duas peças)
– Sabão com PH neutro (de preferência sabão líquido com doseador)
– Esponja, de preferência macia
– Toalha ou rolo de cozinha para secar a pele
– Saco do lixo de plástico
É recomendável, aquando da mudança do dispositivo, ter dois ou três dispositivos com o recorte já previamente efetuado, de forma a prevenir percalços.
Melhor altura para trocar o dispositivo
Aconselha-se a troca do dispositivo depois de um período sem ingestão de líquidos. A melhor altura pode ser de manhã, em jejum. Isto porque convém que a pele esteja seca para o dispositivo aderir à pele.
Uma boa opção pode ser após um duche matinal, podendo remover o dispositivo durante o banho e aplicar um novo após após limpeza e secagem.
Limpeza da Urostomia e pele peri-estomal
A Limpeza da Urostomia e pele peri estomal deve ser feita com água e sabão com ph neutro, de preferência sem perfume, para evitar possíveis alergias. Não é aconselhável a utilização de outras substâncias. Algumas, além de serem caras, não trazem benefício nenhum para o doente e podem mesmo impedir uma correta adesão do dispositivo. A pele deve ser seca com toalha macia ou com papel absorvente, como o papel de cozinha.
Recortar a placa
O recorte da placa deve ser o mais justo possível ao estoma, de forma a impedir que a urina danifique a pele circundante. Podemos utilizar o papel removido da placa recortada para servir de molde para a placa seguinte. É importante saber que a urostomia vai diminuir de tamanho durante os primeiros meses pós-operatório e será necessário reajustar o tamanho do recorte da placa
Remoção do Dispositivo
A remoção deve ser feita sempre no sentido descendente, começando a descolar a placa na parte superior de forma evitar escorrências de urina.
Existe um spray removedor de adesivos próprio para ajudar a descolar o dispositivo, que deve ser utilizado antes de executar este procedimento. É comparticipado gratuitamente, com receita médica.
Dispositivos e acessórios
Durante o internamento, o estoma estará mais inchado e existem dois tubos que saem de dentro do mesmo (cateteres ureterais), para fazer a drenagem da urina e que permanecerão durante três a quatro semanas. Assim, durante o internamento, para os enfermeiros poderem visualizar o estoma, sua coloração e manutenção do mesmo, o paciente usará um sistema de duas peças com saco transparente.
Após a alta hospitalar, existe muito material disponível no mercado que odoente pode adquirir gratuitamente de forma a facilitar o seu dia a dia.
Há várias marcas com dispositivos que são comparticipados de forma gratuita, em qualquer farmácia ou diretamente aos fabricantes, desde que seja apresentada uma receita, que poderá ser passada pelo médico urologista, oncologista ou pelo médico de família.
Os dispositivos de urostomia, vulgarmente chamados de “sacos”, podem-se dividir em doistipos: de uma peça, ou duas peças. Existem vantagens e desvantagens em ambos e será o paciente, com ajuda do enfermeiro Estomaterapeuta, se assim o desejar, que vai escolher a melhor opção para si.
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Dispositivos e acessórios
Durante o internamento, o estoma estará mais inchado e existem dois tubos que saem de dentro do mesmo (cateteres ureterais), para fazer a drenagem da urina e que permanecerão durante três a quatro semanas. Assim, durante o internamento, para os enfermeiros poderem visualizar o estoma, sua coloração e manutenção do mesmo, o paciente usará um sistema de duas peças com saco transparente.
Após a alta hospitalar, existe muito material disponível no mercado que odoente pode adquirir gratuitamente de forma a facilitar o seu dia a dia.
Há várias marcas com dispositivos que são comparticipados de forma gratuita, em qualquer farmácia ou diretamente aos fabricantes, desde que seja apresentada uma receita, que poderá ser passada pelo médico urologista, oncologista ou pelo médico de família.
Os dispositivos de urostomia, vulgarmente chamados de “sacos”, podem-se dividir em doistipos: de uma peça, ou duas peças. Existem vantagens e desvantagens em ambos e será o paciente, com ajuda do enfermeiro Estomaterapeuta, se assim o desejar, que vai escolher a melhor opção para si.
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Dispositivos de 1 peça
Como o nome indica, são “sacos” de peça única, onde a base é maleável e de fácil adesão à pele, são mais discretos. Uma grande maioria dos pacientes opta por esta solução. Podem ser transparentes, o que facilita a sua colocação, ou opacos, tornando o dispositivo mais discreto.
Dispositivos de 2 peças
São compostos por uma placa mais rígida que o modelo anterior; depois de aderente à pele, é possível acoplar um saco, através de uma conexão macho/fêmea. São dispositivos menos discretos que o sistema de peça única, contudo, em algumas situações são preferíveis, pois permitem a fixação de um cinto, que proporcionar um reforço na adesividade, permitindo ao paciente sentir uma segurança extra. Também permitem rodar a conexão do saco, de forma a que a válvula de despejo do saco mude de posição. Assim, quando o paciente está de pé, a válvula fica numa posição completamente vertical, mas quando deita, é possível “rodar” o saco e fazer com que a válvula fique numa posição de 90 graus relativamente ao paciente, fazendo com que o saco drene o conteúdo de forma facilitada.
O utente não tem de fazer uma escolha definitiva sobre que tipo de dispositivos usar, podendo sempre alterar o tipo de dispositivo coletor que usa a qualquer momento, entre uma peça e duas peças, de acordo com as suas necessidades. Assim como também pode alterar a marca, ou experimentar as várias marcas disponíveis, até encontrar aquela que melhor se adeque à sua condição.
Protetor Cutâneo
Ajuda a evitar irritações e lesões de pele causadas por infiltrações, previne dermatites causadas pelo excesso de suor e humidade e também ajuda na fixação do dispositivo.
É comparticipado a 100% (com receita) e pode ser adquirido em Farmácia e/ou Fornecedores. Tem uma utilização preventiva (profilática), mas também pode ser usado para tratamento de pequenas lesões cutâneas.
Existe em spray ou em toalhitas.
Removedor de adesivo
Por vezes, a remoção do dispositivo de urostomia pode ser dolorosa ou causar pequenas lesões, se o dispositivo estiver muito aderente à pele e for removido de forma mais agressiva. . Essas lesões podem ser de difícil cicatrização pela presença constante de urina,. Assim, de forma a facilitar a remoção, existe o removedor de adesivos, em spray ou toalhetes, que humedece os dispositivos e facilita a sua extração. É adquirido gratuitamente nas farmácias e/ou fornecedores, com receita médica. Deve ser aplicado antes de remover o dispositivo.
Sacos coletores de urina
São úteis devido à sua grande capacidade de coletar, para serem usados durante a noite, ou também por pessoas mais debilitadas, que não conseguem efetuar sozinhas o esvaziamento do dispositivo de urostomia. Pode ser adquirido de forma gratuita nas farmácias e/ou fornecedorescom receita médica.
Anéis
São úteis para serem utilizados quando há alterações na morfologia da Urostomia. Quando existem pregas cutâneas ou quando o estoma é raso à pele. O Enfermeiro Estomaterapeuta vai aconselhar o seu uso sempre que ache pertinente (também adquiridos de forma gratuita com receita médica).
Tiras de fixação
São tiras em forma de meia lua, que não causam lesões na pele, que podem ser colocadas para reforçar a adesividade dos dispositivos. Também comparticipadas a 100%.
Pó para estomas
É um pó super-absorvente, utilizado para controlar o exsudado (líquido) , quando existem lesões na pele. Favorece a cicatrização. É comparticipado a 100% com receita médica. Deve ser usado com moderação e sob orientação, já que a sua utilização excessiva pode conduzir à formação de grumos que levarão ao surgimento de novas lesões cutâneas.
Cinto de fixação
Os dispositivos de duas peças permitem a fixação de um cinto, que em alguns casos pode ser útil para proporcionar maior conforto ou para favorecer a adesão do dispositivo em situações mais complexas. Os pacientes referem muitas vezes um conforto extra por sentirem o dispositivo preso pelo cinto. Também é comparticipado a 100% com receita médica.
Nivelador em bisnaga/pasta
É uma pasta hidrocolóide(que se transforma em gel) usada para preencher a pele quando existem pregas cutâneas e evitar assim infiltrações de urina. Também promove a adesividade do dispositivo.
Dormir com uma urostomia
Na hora de dormir, várias estratégias podem ser adotadas para tornar a noite do paciente urostomizadoo mais tranquila possível.
Enquanto que numa pessoa sem estoma urinário, durante a noite a bexiga vai enchendo, um urostomizado vai continuar a produzir urina também. Como os dispositivos têm sacos com capacidade para 750 ml, na sua capacidade máxima, haveria necessidade de se levantar durante a noite, mais do que uma vez para despejar o saco. Para contornar isso, aconselha-se o acoplamento ao dispositivo de urostomia de saco coletor de urina de 1500 ml, que pode ser adquirido gratuitamente com receita médica. Este mesmo saco não tem necessidade de uma substituição diária, podendo ser despejado na manhã seguinte, e depois de uma lavagem do mesmo através de introdução de ácido acético (vinagre) para neutralizar odores, passado por água e guardado em local limpo e seco.
Aconselha-se ao urostomizado dormir do lado da confeção da urostomia, sendo normalmente do lado direito, para que o tubo do saco coletor de urina consiga chegar ao chão e não ficar a fazer pressão no dispositivo. Este saco não deve ficar em contacto com o chão, mas sim, preso a algum suporte na cama ou então dentro de um saco plástico.
Eliminação dos sacos usados
O conteúdo dos sacos deve ser despejado numa sanita e os dispositivos podem ser colocados no lixo comum.
Infeções urinárias
Depois de uma urostomia, existe maior risco de desenvolver infeções do trato urinário. É importante a ingestão de cerca de 2 a 3 litros de água por dia.
Existem estudos que recomendam a ingestão diária de arandos vermelhos, em sumo ou mesmo em comprimidos, para evitar infeções urinárias. (exceto se estiver a fazer medicação hipocoagulante com varfarina).
É importante que o paciente faça uma auto monitorização da sua urina; se esta está escura, é sinal de que não está a beber água ou líquidos suficientes, devendo aumentar a ingestão de líquidos.
Sinais de infeção urinária:
– Sintomas gripais
– Febre
– Dores lombares
– Tremores
– Urina turva e/ou com cheiro intenso
Sabonetes e cremes
A pele à volta do estoma é muito sensível devido contacto constante com urina e com o dispositivo de urostomia. Sabonetes com fragrâncias podem ser agressivos e irritar a pele. Por outro lado, a aplicação de cremes para hidratar a pele também está contra-indicada, pois tudo o que seja gorduroso vai impedir uma correta adesão do dispositivo de urostomia.
Hérnias abdominais
É possível o aparecimento de hérnias abdominias nos doentes urostomizados. Contudo, não é frequente, desde que existam alguns cuidados.
A marcação prévia do local da urostomia previne o seu aparecimento.
O exercício físico intenso é desaconselhado durante os primeiros seis meses pós cirúrgicos.
O paciente é desencorajado a pegar em pesos demasiado pesados e tudo o que envolva grande esforço abdominal deve ser evitado.
O uso de cinta abdominal de forma preventiva (profilática) é controverso, mas se o paciente se sentir mais confortável pode ser uma opção válida.A cinta não necessita de ter recorte no local da urostomia.
Infeções pós-operatórias aumentam a probabilidade de surgimento de hérnias, aumentando a necessidade de cuidados extras por parte do paciente.
A cirurgia de correção de hérnia deve ser considerada apenas em última opção.
Dieta e alimentação
Um urostomizado poderá realizar uma dieta normal. Sempre privilegiando a ingestão de líquidos. Algumas pessoas poderão sentir-se melhores com ingestão de pequenas quantidades de comida, várias vezes ao dia.
É comum após a cirurgia os doentes referirem obstipação e dificuldades no trânsito intestinal; isto acontece porque é retirada uma pequena porção do intestino para a reconstrução da urostomia. Assim, uma dieta com alimentos ricos em fibra deve ser priorizada. As fibras encontram-se na fruta, legumes, pão integral, cereais, arroz e massas integrais.
As bebidas alcoólicas não estão proibidas, mas, como tudo, devem ser ingeridas com moderação, ou de preferência ingeridas apenas em ocasiões especiais. Se o paciente notar que existe alteração da urina, ou da pele peri estomal após ingestão de alguma bebida alcoólica, esta deve ser excluída da dieta.
Mais uma vez, a introdução na alimentação de suplementação com arandos vermelhos, está descrita como sendo benéfica na prevenção de infeções urinárias. (exceto se estiver a fazer medicação hipocoagulante com varfarina).
Existem alimentos que podem alterar a cor da urina, tais como:
– Beterraba
– Corantes Alimentares
– Bebidas Vermelhas
– Espargos
Exercício
Após ser urostomizado, é importante adaptar um estilo de vida saudável. A partir do terceiro mês pós cirurgia poderá começar a fazer exercício.
Deverá começar progressivamente, como por exemplo começar por fazer pequenas caminhadas, antes de partir para uma corrida. Uma simples caminhada de 40 minutos por dia, pode ser benéfica a vários níveis.
Pode frequentar ginásio se assim o entender, contudo, os pesos deverão ser reduzidos.
As aulas de grupo podem ser frequentadas, há vestuário próprio que disfarça o dispositivo de ostomia e pode sempre questionar o seu Enfermeiro Estomaterapeuta sobre onde encontrar este tipo de vestuário.
Antes de realizar qualquer exercício deverá esvaziar por completo o seu dispositivo de ostomia.
A natação não é proibida. Uma dica para praticar passa por aplicar película aderente em torno da região abdominal antes de entrar na piscina; assim, o dispositivo de urostomia não vai atrapalhar a natação.
Urostomia e Viagens
Um urostomizado poderá fazer uma vida o mais normal possível, por isso, viajar não é contraindicado, contudo deverá planear a viagem com antecedência:
– Fazer lista com os produtos que poderá precisar
– Rever as rotinas diárias para precaver algum esquecimento
– Calcular o número de dispositivos que vai necessitar e levar pelo menos o dobro, pois imprevistos sempre acontecem
– Manter os produtos de ostomia como bagagem de mão
– Perceber que apoios existem no local para onde vou (farmácia, hospital)
Urostomia e condução
Um urostomizado pode conduzir normalmente, mas não deve fazê-lo nos primeiros três meses depois da cirurgia.Se for a conduzir, poderá acoplar o saco coletor de urina, de forma a aumentar a capacidade de recolha de urina e não ter de parar o carro frequentemente.
Caso o cinto de segurança incomode ou fique a embater na urostomia, causando dor ou embaraço, o urostomizado, com a carta de alta médica, pode dirigir-se à PSP e pedir uma declaração para poder conduzir sem cinto de segurança.
Urostomias e Vestuário
Não existe razão para um não poder diversificar a forma como se veste, ou para não se sentir seguro.
Sexualidade
Depois de uma urostomiapode continuar a disfrutar como antes de relações amorosas, contudo por vezes não é possível vivê-las do mesmo modo e poderá ser necessário ajuda de especialista. Enquanto os homens poderão ter dificuldade em manter ou ter uma ereção, as mulheres poderão sentir algum desconforto durante a relação sexual.
Assim, é importante abordar este tema com o enfermeiro ou médico. O sexo continua a ser um tema tabu e se o paciente não abordar estas questões com o médico ou enfermeiro, mais difíciil será a sua resolução. Enquanto os homens podem necessitar de medicação que possibilite ter uma ereção, que terá de ser prescrita pelo médico, as mulheres podem precisar de lubrificantes sexuais para facilitar o ato sexual e diminuir o desconforto; por vezes também optar por encontrar posições sexuais mais confortáveis.
Dicas Úteis:
– Nunca deixar o saco encher mais do que metade da sua capacidade máxima
– Beber 2 a 3 litros água por dia previne complicações
– Utentes obesos podem preferir uso de suspensórios em detrimento do cinto, para se sentirem mais confortáveis, e para evitar lesões provocadas pelo mesmo
– Suplementação diária com arandos vermelhos ajuda a evitar infeções urinárias ( exceto se estiver a fazer medicação hipocoagulante com varfarina)
– Sempre que sair de casa, deve andar sempre com um kit de viagem composto por:
– Pelo menos 3 sacos já recortados
– Tesoura
– Uma embalagem de lenços papel
– Saco plástico
– Pequeno espelho
Guia Rápido para resolver pequenas complicações
Sangramento do estoma
O sangramento da urostomia é bastante comum, e é normal, por ser um tecido muito sensível.
Fazer pressão com um pano humedecido com água fria durante 2 minutos é o suficiente para parar a hemorragia.
Alergia ao Dispositivo
Por vezes, e sem razão ou explicação, a própria pele pode fazer reação ao próprio dispositivo.
Pode ser por sensibilidade ao material do dispositivo ou por infiltração de urina entre a pele e o material.
Nestas situações pode sempre contar com a ajuda de um Enfermeiro Estomaterapeuta. A solução pode passar por aplicação de corticoterapia tópica (medicamentos corticóides de uso local), assim como mudar para outra marca de material. As diferentes marcas apresentam pequenas alterações na composição das placas, que podem ser a causa de irritações em peles mais sensíveis.
Figura - Alergia ao Dispositivo
Presença de Muco
A presença de muco na urostomia, apesar de poder causar desconforto visual, é normal, com maior incidência nos primeiros meses pós cirurgia, tendo tendência a diminuir com o tempo. Aumentar a ingestão de água e efetuar suplementação com arando vermelho (exceto de estiver a tomar medicação com varfarina) podem ser uma solução eficaz.
Cristais de fosfato de cálcio
Os cristais de fosfato de cálciosurgem no estoma como umas placas brancas, e devem-se à alcalinização da urina. Mais uma vez, a suplementação com arando vermelho (exceto de estiver a tomar medicação com varfarina), assim como aumentar a ingestão de citrinos, normalmente reduz esta formação.
Deve optar-se por aplicar dispositivo de 2 peças, e aplicação tópica de compressa embebida em ácido acético (vinagre) diluído na proporção de ½ com água durante 30 minutos diariamente.
Nefrostomias Percutâneas (NPC)
Uma nefrostomia percutânea é considerada uma urostomia. A razão pela qual é colocada pode variar, mas a finalidade é sempre a mesma, que é drenar a urina produzida pelo rim, através de um cateter colocado através da pele.
Tradicionalmente as nefrostomias são colocadas em contexto de urgência, não havendo possibilidade de o fazer na consulta pré-operatória.
Normalmente as nefrostomias não são definitivas, mas o paciente pode andar vários meses até a sua situação poder ser tratada.
Tratamos as nefrostomiascomo uma urostomia, assim os cuidados são os mesmos. Há a necessidade de coletar a urina drenada pelo cateter e usamos para isso, um dispositivo de urostomia.
A ideia é que um doente com nefrostomia possa fazer as suas atividades de vida diárias normalmente. A nefrostomia é indolor e causa apenas um ligeiro desconforto no paciente.
Uma pessoa com nefrostomia nunca vai ficar autónoma na mudança do dispositivo, pois este é colocado na região lombar, e torna-se fisicamente muito difícil para o próprio executar esta tarefa;mas conseguirá esvaziar o conteúdo do dispositivo facilmente.
É importante que alguém próximo do paciente seja treinado para conseguir efetuar a troca do dispositivo, contudo o doente terá sempre o apoio do centro de saúde e da consulta de enfermagem de estomaterapia para ajudar neste processo.
Assim, antes da alta hospitalar, um familiar mais próximo será ensinado, para assegurar a autonomia possível do paciente e evitar que se desloque às urgências a meio da noite caso o dispositivo descole acidentalmente.
– O cateter de nefrostomia deverá ser trocado pelo médico a cada 6 meses
– O dispositivo de urostomia deve ser trocado a cada 3 dias
– Paciente pode usar dispositivos de 1 peça ou 2 peças
– Com o tempo o cateter inicialmente azul irá ficar com uma coloração escura / preto
– Pode formar-se ao longo do cateter depósitos amarelados de cristais, que deverão ser tratados pelo Enfermeiro Estomaterapeuta
– O cateter de nefrostomia não necessita de estar fixo à pele com material de sutura, pois a ponta do cateter fica enrolada dentro do rim, e não sairá a não ser que seja “puxado”.
– Caso o paciente sinta dor lombar pode ser sinal de obstrução da nefrostomia, e deverá contactar o seu médico, enfermeiro ou caso não consiga, dirigir-se ao serviço de urgência.
– Febre pode ser sinal de infeção do trato urinário e deve ser motivo de preocupação, pelo que deve procurar o seu médico.
– Caso a nefrostomia se exteriorize acidentalmente, o paciente deverá contactar o médico para recolocação de novo cateter
– Os dispositivos e acessórios para doente com nefrostomia são comparticipados a 100% mediante receita médica.
– Os dispositivos de urostomia, quando aplicados numa nefrostomia, não necessitam de ecorte de placa, devendo ser colocados sem recortar a placa.
– Os dispositivos de urostomia contém uma válvula anti-retorno, essa válvula não deve ser danificada para facilitar a colocação da nefrostomia dentro do saco de urostomia.