Nutrição

O aumento de peso após o diagnóstico e tratamento do cancro é comum. O excesso de peso e a obesidade aumentam o risco de diminuição das funções, surgimento de outras doenças e recorrência ou morte por cancro, e diminuem a qualidade de vida. Também o baixo peso confere riscos ao sobrevivente de cancro. Assim, o índice de massa corporal (IMC) dos sobreviventes de cancro deve ser avaliado regularmente e mantido em valores normais (18,5 a 24,9 Kg/m2). Para além do IMC, também a composição corporal e a força muscular devem ser avaliadas.

  
  

Os doentes com cancro devem ser encorajados a tomar decisões informadas sobre a dieta de forma a assegurar uma ingestão adequada e variada de nutrientes. Em geral, uma dieta saudável é rica em alimentos derivados de plantas (vegetais, fruta, azeite e cereais) e inclui peixe e carnes brancas. A carne vermelha deve ser limitada e as carnes processadas evitadas. Outros alimentos processados e alimentos e bebidas com elevado teor de açúcar (ex. refrigerantes) devem ser evitados ou de consumo muito limitado. Por fim, os doentes com cancro devem ser aconselhados a evitar ou limitar o consumo de álcool, no máximo, a uma bebida por dia na mulher e duas por dia no homem, sendo que, nalguns tipos de cancro (como do fígado, esófago, rim e cabeça e pescoço), este consumo deve ser evitado pois está associado com aumento do risco de mortalidade.

Não existe evidência de que os suplementos tenham eficácia na prevenção ou recorrência do cancro. No entanto, é frequente que os sobreviventes de cancro tomem suplementos. Assim, as recomendações aconselham a que os profissionais de saúde assistentes sejam informados de forma a evitar interações e a melhorar a segurança dos cuidado.

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